terça-feira, 25 de agosto de 2009

A desaceleração dos negócios em business travel

Publicamos matéria encaminhada pela Coordenação do Comitê, a qual encontra-se na revista Business Travel, de 25/08/2009.


A desaceleração dos negócios em business travel pode ser permanente.

Os efeitos da desaceleração dos negócios nas viagens corporativas podem se tornar permanentes.

A redução no número de viagens de negócios e no montante gasto nessas viagens durante a recessão, parece que veio para ficar. Ninguém está falando na retomada dos níveis pré-crise, mesmo após a recuperação econômica. Por exemplo, os eventos internos das empresas foram gradualmente reduzidos e substituídos por vídeo e teleconferências. Essas mudanças devem se manter após a recuperação econômica. "O público corporativo continuará viajando, mas viajará de forma mais inteligente", disse DeAnne Dale, da Travelocity Business.

Viajar na primeira classe de aviões será restrito, exceto em voos com mais de oito horas de duração. Possivelmente haja limitação para voar nessa classe apenas no trecho de ida, permitindo que o executivo chegue ao destino descansado e relaxado para seus compromissos. Na volta, será obrigado a voltar para casa em classe econômica - como seus subordinados. E todos os empregados serão induzidos a planejar suas viagens com antecedência, de forma a possibilitar tarifas mais econômicas e bilhetes não reembolsáveis. "As empresas concluíram que mesmo que tenham de pagar um fee para mudar o bilhete, vale a pena comprar passagens não reembolsáveis", disse Dale.

As empresas também estão limitando os limites de gastos com jantares, estabelecendo políticas de médias diárias, de forma que os empregados reduzam as despesas com alimentação, o terceiro maior item de despesas nas viagens corporativas. Os reembolsos de bebidas alcoólicas serão limitados - a um drink por jantar, por exemplo. As empresas também estão permitindo, cada vez com mais freqüência, que seus empregados façam reservas hoteleiras diretas, desde que obtenham tarifa inferior à dos acordos preferenciais corporativos - muitos empregados gostam do desafio de buscar um novo lugar para ficar e economizar dinheiro.

Esses cortes e reduções estão massacrando a indústria de viagens. A ocupação hoteleira para hóspedes corporativos caiu 8,5%, enquanto as despesas com essas viagens sofreram redução de 24% - os viajantes estão utilizando hotéis mais baratos e gastando menos com outros serviços, como recepções e aluguel de equipamentos audiovisuais. Por sua vez, os hotéis estão cortando custos, afetando a qualidade dos serviços prestados aos hóspedes. Algumas propriedades estão eliminando jornais cortesia ou suprimindo o shampoo e o condicionador nos apartamentos. Outros estão cortando o horário de funcionamento de seus business centers, restaurantes e fitness. Outros ainda estão fechando andares inteiros, sem efetuar manutenção, pois eles já haviam sido revitalizados antes da recessão - mas no futuro, pinturas mais baratas e carpetes de pior qualidade não serão exceção.

O setor das companhias aéreas também está atado. Nos EUA, os business travelers sempre foram responsáveis por cerca de 30% do tráfego aéreo total e continuam sendo responsáveis por cerca de 60% das receitas das companhias aéreas. Se o mercado de viagens corporativas cair por mais tempo, as companhias terão que reconfigurar suas aeronaves para acomodar mais assentos em classe econômica e menos em executiva e primeira classe. Mas essa opção custa tempo e muito dinheiro, disse Kevin Mitchell, chairman da Business Travel Coalition, que representa em sua maioria grandes empresas. No mínimo, essas companhias aéreas terão que aumentar suas receitas subsidiárias (fees) e operar menos voos para poder melhor administrar a oferta.

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Estatuto do Comite de Viagens Corporativas

DATA: 04.06.2001
Atualizado em: 30.09.2009 e 14.05.2010, por unanimidade.

ESTATUTO

FUNDAÇÃO

Fundado em maio de 2001, formado por Gestores de Viagens, representando as empresas onde atuam.

OBJETIVOS

O Grupo tem por objetivo atuar no mercado de viagens de negócio, através de “benchmarking” e otimização de processos administrativos, visando atender as necessidades e expectativas do Grupo e das empresas, obtendo resultados significativos e influenciando positivamente nas mudanças ocorridas neste mercado.

Em função das particularidades das empresas representadas no Grupo, será mantido um alto padrão de ética em relação às informações passadas e discutidas, conforme Código de Ética denominado “Anexo A” do presente Estatuto.
Parágrafo ÚNICO: As negociações comerciais das empresas representadas no grupo não são objeto de discussão no mesmo.

ESTRUTURA:

Para efeito de organização interna, o grupo manterá um número máximo de 20 (vinte) empresas representadas, contando com uma Coordenação composta de três membros eleitos pelo voto direto, tendo como atribuições:

- Elaborar pauta das reuniões e levar ao conhecimento do grupo para aprovação.
- Organizar e disponibilizar recursos para realização das reuniões.
- Convidar e coordenar a presença de convidados externos.
- Coordenar as reuniões conforme pauta e critérios pré-estabelecidos.
- Atuar como ponto focal para os integrantes do Comitê.
- Elaborar e divulgar Atas das Reuniões para todos os integrantes do Comitê.
- Manter controle de presença e adesão, levando para definição pelo Comitê os casos de desligamento e admissão.

REUNIÕES E EVENTOS:

O Comitê se reunirá com periodicidade mensal, em local, data e horário definidos nas reuniões, respeitando a antecedência mínima de 30 dias para realização. Reuniões extraordinárias poderão ser convocadas para tratar de assunto emergencial específico.

PARTICIPAÇÃO:

A participação nas reuniões é obrigatória.
Só serão aceitas como justificativas de faltas, aquelas que estiverem fundamentadas nos casos de férias, luto, gala ou licença maternidade/paternidade.

Serão abonadas as faltas nos casos de reuniões realizadas fora da cidade do Rio de Janeiro.

O titular pode ser representado por um suplente, desde que habilitado a discutir os assuntos objeto dos encontros.

PREMISSAS PARA ADESÕES E PERMANÊNCIA:

- Tenha vaga em aberto, dentro do limite de empresas estabelecido no estatuto.
- Tenha ocorrido o convite ou indicação de um dos componentes do grupo.
- Encaminhe o questionário de avaliação devidamente preenchido, com os dados da empresa e da pessoa que irá representá-la no Comitê.
- Exerça controle efetivo sobre as despesas de viagens e política de sua empresa.
- Seja aprovado pela maioria dos atuais membros do Comitê.

DESLIGAMENTOS:

Os desligamentos do grupo poderão ocorrer nos seguintes casos:

a) Solicitação por escrito do componente (ação voluntária).
b) Falta injustificada em 03 (três) reuniões ordinárias durante o ano, consecutivas ou não.
c) Conduta antiética do componente.
d) Desligamento do integrante da empresa que representa.

Parágrafo I: A empresa cujo componente do Comitê se desligou ou foi transferido do Depto. de Viagens, poderá permanecer no Comitê até a sua recolocação no mercado, como Gestor de Viagens e indicar um substituto, sendo a indicação validada após análise pelos integrantes do Comitê.

Parágrafo II: O integrante que se aposentar em pleno exercício da Gestão de Viagens, permanecerá como membro do Comitê por tempo indeterminado.

DISPOSIÇÕES GERAIS:


É permitida a atuação de cada um dos integrantes do Comitê como consultores e palestrantes de gestão de viagens, desde que respeitando o código de ética.

Qualquer posição do Grupo perante entidades externas, formal ou informal, será encaminhada para avaliação do Comitê.

Uma lista, contendo os nomes dos componentes do grupo com as respectivas empresas representadas, acompanhará as correspondências enviadas pelo Comitê.

Caso algum elemento do grupo não queira que seu nome faça parte da lista referida no item anterior, deverá manifestar-se formalmente a Coordenação.

Os convites para participação em eventos, quando em nome do Comitê, deverão ser encaminhados a Coordenação, para encaminhamento para aprovação pelo Comitê.

A participação em eventos (nacionais / internacionais) estará vinculada a análise prévia do Comitê, visando manter o foco nos assuntos de interesse do grupo.

Anexo A

Código de Ética e Conduta Para a Troca de Informações

1. Utilização:

Use as informações obtidas através do benchmarking dentro do Comitê de Viagens Corporativas somente com a finalidade de introduzir melhorias nas operações ou processos de sua organização. O uso ou divulgação de dados e práticas adotadas pelas organizações participantes do Comitê exige a prévia permissão das mesmas neste sentido.

2. Legalidade:

Caso exista algum questionamento pendente sobre a legalidade de uma atividade (ex: obtenção de informações privilegiadas, acordos comerciais), procure não praticá-la até que seja plenamente resolvido o questionamento legal a ela associado.

3. Intercâmbio:

3.1 Esteja disposto a fornecer aos seus parceiros do Comitê o mesmo tipo de informação e no mesmo nível de profundidade que você deles solicitará para uso próprio.

3.2 Desde o início de sua participação em um processo de benchmarking no Comitê de Viagens Corporativas, procure comunicar-se com os demais parceiros sempre da forma mais clara e transparente possível, visando evitar mal entendidos e ao mesmo tempo fortalecer o mútuo interesse pelo intercâmbio através do benchmarking.

4. Confidencialidade:

4.1 Trate o intercâmbio através de informações como algo, em princípio, restrito às pessoas e organizações participantes do Comitê.

4.2 As informações compartilhadas não devem ser repassadas para fora das fronteiras do Comitê de Viagens Corporativas, a menos que haja prévio consentimento neste sentido.

4.3 Evite comunicar o nome de um de seus contatos em um encontro ou reunião de caráter público, sem que haja autorização prévia para isto.